A diretoria do Sinsaúde e o Departamento de Comunicação participaram, na quinta-feira (10/10), do Seminário de Comunicação Sindical da União Geral dos Trabalhadores (UGT) sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mundo do trabalho e na atuação dos sindicatos. O evento foi realizado de forma presencial e online e aberto às lideranças de 1367 entidades sindicais filiadas.
“O movimento sindical não pode mais ficar preso ao passado, focando apenas em jornais impressos ou carros de som. O mundo mudou, e a forma como nos comunicamos também”, pondera o presidente da UGT, Ricardo Patah. A necessidade e a vontade de aperfeiçoar o uso das ferramentas com essa tecnologia, reuniu o mundo sindical em volta de especialistas em IA. O seminário apresentou algumas plataformas e discutiu sobre o seu impacto no mercado de trabalho.
Segundo o presidente da Federação Paulista da Saúde, Édison Laércio de Oliveira, é importante os sindicatos se empoderaram desta tecnologia. “A Inteligência Artificial já está transformando a vida de toda a humanidade e já tem sido utilizada em vários setores da sociedade, inclusive nos sindicatos”.
Para a presidente do Sinsaúde Campinas e Região, Sofia Rodrigues do Nascimento, o desafio é usar a IA de forma eficiente sem prejudicar os trabalhadores. “O desafio de todos é usar essa tecnologia de forma contributiva para aperfeiçoar os trabalhos, criar publicações com mais qualidade, aproximar os trabalhadores e ainda gerar mais postos de trabalho e não o contrário”, disse Sofia.
O seminário promoveu a disseminação de conhecimentos e incentivou a reflexão sobre a importância de equilibrar a defesa dos direitos dos trabalhadores com a implementação da IA nas atividades das entidades. Além disso, abordou como essas ferramentas podem fortalecer o movimento sindical, aprimorando a comunicação, o engajamento e a mobilização dos trabalhadores.
Foi um marco importante, como explica a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Karine Machado. “Acredito que, com o conhecimento adquirido, estamos mais preparados e direcionados na luta pelos direitos dos trabalhadores e para enfrentar os desafios do futuro”, disse Juliana.
A diretora de comunicação, Marcia Abou, disse que o Sinsaúde já entrou na nova era da Inteligência Artificial. “Já estamos usando a tecnologia da inteligência artificial para desenvolver novas campanhas publicitárias que promovem a luta da categoria por direitos. Quem acompanha as nossas redes sociais já está curtindo as inovações”, disse.
No geral, a atuação nas mídias sociais permite uma comunicação eficiente e direta com os trabalhadores, como reflete o diretor jurídico, Paulo Gonçalves. “As redes sociais facilitam a disseminação de informações, mobilizações e o fortalecimento da união entre sindicatos e trabalhadores. Agora, com a AI, isso vai ficar mais dinâmico e criativo”, ressaltou.
Já a diretora sindical Adriana Botelho, disse que vai aplicar as técnicas aprendidas no semanário em seu cotidiano profissional e pessoal. “Eu já uso algumas plataformas e o seminário abriu a minha mente para poder usar da melhor forma possível e com mais criatividade”, disse.
A diretora sindical Alzeni dos Santos Camargo acredita que a AI "abre um leque de possibilidades para divulgação dos trabalhos e também ajuda a perceber que precisamos desenvolver mais conhecimento, pois temos que estar sempre informados e que a tendência é usar cada vez mais a AI".
Mercado de Trabalho e Fake News
Para a diretoria do Sinsaúde a implantação da IA deve ser feita com cautela, porque como a maioria das tecnologias essa também pode ser usada para o bem ou para o mal. Por otimizar os processos de trabalho, reduzindo tempo e investimento, a IA pode diminuir postos de trabalho e ainda dinamizar a propagação da desinformação.
Uma preocupação para o mundo político, como lembra do diretor, Geraldo Soares. “Vimos a destruição e a desinformação causada pelas fakenews (notícias falsas). Agora a IA pode fazer a propagação de forma ainda mais rápida, por isso, defendemos sim o uso criativo, porém com responsabilidade e profissionalismo, assim como defendemos uma legislação criminal e eficiente para o uso dessas tecnologias e da internet”, defende Geraldo.