O Sinsaúde convoca os trabalhadores da Asamas a comparecerem ao plantão jurídico que será realizado de 29 a 31 de janeiro, das 9h às 16h, na Associação Comercial de Jaguariúna. O objetivo é tirar dúvidas e reunir a documentação necessária para entrar com ação trabalhista contra a Asamas, que administrava o Hospital Walter Ferrari, UPA’s e o Centro de Especialidades de Jaguariúna.
“A ação é necessária, pois já esgotamos todos os canais de negociação e ninguém quer assumir a responsabilidade pelo pagamento dos funcionários. O Sinsaúde não admite esse descaso com os trabalhadores”, afirma o diretor jurídico do Sinsaúde, Paulo Gonçalves.
Em audiência realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT) no último dia 16, a pedido do Sinsaúde, foi solicitado e o presidente da Asamas se comprometeu a entregar no prazo de 15 dias a rescisão do contrato de trabalho dos funcionários, para que possam entrar com o seguro desemprego e sacar o FGTS. A audiência reuniu representantes da Asamas, do município, do consórcio Cisne - que entrou no lugar da Asamas - e do Sinsaúde.
A Asamas teve o contrato com a Prefeitura encerrado em 31 de dezembro, e cerca de 600 trabalhadores perderam seus empregos e não receberam os direitos trabalhistas. “O plantão vai ajudar a esclarecer a situação de cada trabalhador, e, sendo de interesse dele, o Sindicato entrará com ação para que ele receba o que lhe é devido. É importante levar os documentos solicitados para agilizar o processo”, avisa a vice-presidente Juliana Rodrigues.
Plantão jurídico
Dias: 29 a 31 de janeiro
Horário: das 9h às 16h
Local: Associação Comercial de Jaguariúna (Rua Silvia Bueno, 484, centro)
Levar os seguintes documentos:
1. Carteira de Trabalho
2. RG/CNH
3. Termo de rescisão de contrato
4. Extrato analítico do FGTS
5. Últimos três holerites
6. Comprovante de residência atualizado
Mais informações:
Subsede de Amparo (19) 3807-5225
Diretor Jurídico Paulo Gonçalves (19) 99795-2301.
Ação Civil cobra responsabilidades
Diante do abandono a que os trabalhadores estão submetidos, o Sinsaúde vai entrar com Ação Civil Pública cobrando a responsabilidade de diretores e conselheiros da Asamas, tanto os atuais quanto os anteriores, e também da Administração Municipal. Aos ministérios Público Estadual e Federal será apresentada uma representação solicitando que a Câmara Municipal e o Conselho de Saúde sejam responsabilizados pela não fiscalização dos recursos enviados.
“Estas medidas foram comunicadas aos trabalhadores em assembleia realizada no último dia 17”, explica a diretora sindical, Juliana Guilherme. A contratação de trabalhadores pela Cisne também foi abordada no encontro. Dos cerca de 600 funcionários da Asamas, apenas 348 foram contratados pela nova gestora.
União faz a diferença
“As ações do Sinsaúde mostram a importância da participação ativa dos trabalhadores nos atos organizados pelo Sindicato para pressionar as partes envolvidas. Só unidos teremos nossos direitos garantidos”, destaca a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
A diretora sindical, Elaine Aparecida Silva, ressalta que a luta para garantir o futuro dos trabalhadores é árdua. “Estamos nessa batalha há meses, reforçando a importância de valorizar e dar dignidade aos profissionais que cuidam da saúde da população. Estivemos à beira do colapso da saúde no município e nos mantivemos fortes ao lado da categoria”, afirma.