O 1º de Maio é feriado, dia de descanso, mas também é dia de mobilização e conscientização da classe trabalhadora. Todos os direitos trabalhistas foram conquistados na luta organizada em torno de sindicatos. E, neste começo de mês, o Sinsaúde bota o pé no acelerador das negociações da Campanha Salarial 2025 para conquistar aumento real nos salários e na cesta básica, vale-gás, adicional de insalubridade de 40% para todos e a melhoria dos benefícios.
A data-base dos trabalhadores da saúde é 1º. de junho. Ou seja, no dia 31 de maio, todos os acordos e convenções do ano passado vencem e novos devem ser assinados para garantir aumentos salarias e melhorias nos benefícios conquistados.
A Pauta de Reivindicações foi aprovada pela categoria em assembleia realizada dia 31 de março em todas as sedes do Sinsaúde, e enviada aos hospitais, clínicas, laboratórios e sindicatos patronais.
“A Campanha Salarial 2025 está acelerada. Toda a diretoria está empenhada. É hora da categoria se unir em cada região, em cada unidade de saúde e lutar junto para avançarmos nas conquistas e não retrocedermos nos direitos”, afirma Sofia Rodrigues do Nascimento, presidente do Sinsaúde Campinas e Região.
Para o presidente eleito do Sinsaúde, Edison Laércio de Oliveira, que assume oficialmente no dia 16 de junho, mas que também está empenhado nas negociações, é preciso a categoria mostrar força. “A pressão dos trabalhadores faz muita diferença na mesa de negociação”, afirma.
Reivindicações
A Campanha Salarial deste ano tem como lema “Essa luta é Minha, é Sua, é Nossa!”. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 8% nos salários, vale-cesta de no mínimo R$ 837 e vale-gás a partir de R$ 150. A pauta sugere que as cláusulas sociais tenham duração de 2 anos e as cláusulas econômicas de 1 ano.
No ano passado, o Sinsaúde conseguiu em mais de 60% de suas negociações conquistar aumento real nos salários, ou seja, acima da inflação, e o restante conseguiu o reajuste salarial com base no INPC. O diretor Jurídico, Paulo Gonçalves, está otimista com o avanço das negociações. “Estamos caminhando para conseguir bons resultados nessa campanha, não que seja fácil, mas é possível termos vitórias”, disse.
O Sinsaúde representa cerca de 80 mil trabalhadores da saúde espalhados por 172 cidades do estado de São Paulo, divididas em 19 polos. Em 2024, foram assinados entre o Sinsaúde, empresas e sindicatos patronais mais de 300 acordos coletivos (ACT) e convenções coletivas de trabalho (CCT).
Principais reivindicações da pauta
• Reajuste salarial de 100% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
• 8% de aumento real
• Jornada de trabalho especial, de 12h x 36h ou 6h diárias, por exemplo;
• Vale-cesta no valor mínimo de R$ 837,00;
• Cesta de higiene e limpeza com 10 itens;
• Vale-gás a partir de R$ 150,00;
• Adicional de insalubridade em grau máximo (40%);
• Pagamento de horas extras com acréscimo de 100%;
• Auxílio-creche equivalente a 40% do salário da função, por mês e por filho até 5 anos.
• Licença para trabalhador vítima de violência;
• Programa de prevenção e controle de riscos psicossociais no ambiente de trabalho;
• Atendimento psicológico;
• Abono assiduidade;
• Ausência justificada para acompanhamento de filhos com deficiência ou transtorno do espectro