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Trabalhadores protestam contra retirada de folga e reajuste salarial oferecido pela Unimed

13/06/2024

 Trabalhadores unidos ao Sinsaúde protestaram na última terça-feira (11 de junho) em frente as Unimeds de Araraquara (Hospital São Paulo) e São João da Boa Vista (Unimed Leste Paulista), contra a proposta encaminhada pelo Sincomeed (sindicato patronal que representa as cooperativas médicas), de retirar uma das 3 folgas mensais para quem trabalha 12x36 horas e oferecer um reajuste salarial de 3,15%.

A proposta vai contra a pauta de reivindicações da categoria, que requer o reajuste salarial de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que em maio fechou em 3,34%, e mais 8% de aumento real, além da manutenção dos direitos e benefícios adquiridos, como a terceira folga no mês.

A presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, criticou a administração da Unimed. “Retirar um benefício de anos e ainda propor um reajuste abaixo da inflação é insultar os trabalhadores. É rebaixar a condição social e desmotivar os trabalhadores que tanto se dedicam para salvar vidas. Inaceitável”, afirma.

A vice-presidente do Sinsaúde Campinas e Região, Juliana Machado, analisa que a Unimed comete desrespeito com a categoria, que desde 2013 tem direito às folgas firmadas em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sincomed. “É um absurdo que nesse momento de luta por melhorias, a Unimed tome essa decisão de ataque aos trabalhadores”, disse. 

Protestar também é um direito, argumenta o diretor jurídico do Sinsaúde, Paulo Gonçalves.  “Os trabalhadores não podem se intimidar. É necessário união, participação e sindicalização para termos o sucesso de mantermos os benefícios e ainda conquistarmos outros, além de obtermos reajuste salarial digno”, alerta.

Claudete Aparecida de Defavere, presidente da subsede de Araraquara, disse que todos precisam estar comprometidos com a campanha e que sua base vai continuar participando dos protestos. “A retirada de benefícios impacta diretamente no bem-estar e na motivação dos trabalhadores. Por isso, vamos continuar juntos nessa luta”, disse.

A participação dos trabalhadores na campanha influencia as negociações, alerta a presidente da subsede de São João da Boa Vista, Damaris Bertuqui Cavinatti. “O patronal precisa sentir pressão na mesa de negociação para decidir a favor da categoria, e isso só é possível com a participação da maioria dos trabalhadores quando são convocados para os protestos”, disse.

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