
Os diretores do Sinsaúde ampliaram a luta da Campanha Salarial 2024 no Samaritano, organizando atos simultâneos na unidade I e II do hospital. A reivindicação de reajuste salarial de 3,34%, INPC cheio, mais 8% de aumento real foi reforçada. A empresa tem endurecido nas negociações e ofereceu uma proposta inaceitável para a categoria: 1% em junho e 2,34% em setembro.
“Não podemos aceitar esta proposta que já foi rejeitada pela categoria e esperamos que o hospital reveja sua posição e valorize seus funcionários”, afirma o diretor sindical Antonio da Silva.
Para a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, os trabalhadores também devem endurecer a luta e se unir para fortalecer as negociações. “Chamamos os trabalhadores para estarem junto ao sindicato, porque os direitos conquistados com muita luta e durante muitos anos estão ameaçados”, avalia.
Proposta indecente e perdas de direitos
O Hospital Samaritano, em reunião com o Sinsaúde, em 13 de junho, ofereceu um reajuste com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de junho de 2023 a maio de 2024, 3,34%, dividido em duas vezes: 1% em 1º. de junho e 2,34% em 1º de setembro. Os valores só cairiam na conta do trabalhador na folha de pagamento do mês seguinte.
No começo de julho, a diretoria do hospital indicou ao Sindicato que seguiria a Convenção Coletiva de Trabalho e não assinaria o Acordo Coletivo, como faz há muitos anos e que tem beneficiado a categoria. “Esta decisão pode ameaçar muitas conquistas, como perdermos a quarta folga, diminuir a cesta básica, acabar com a cesta de higiene, entre outras”, destaca o diretor Jurídico, Paulo Gonçalves.
Alguns trabalhadores também denunciaram ao Sindicato a precariedade do trabalho no Samaritano, com equipes reduzidas, rotatividade e sobrecarga de trabalho que leva as pessoas ao adoençamento. “O trabalhador tem direito a um salário melhor, mas também a condições de trabalho seguras e saudáveis”, afirma a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado.
Assembleia
O Sinsaúde convoca os trabalhadores para uma assembleia unificada da categoria, no dia 10 de julho, às 19h, na porta dos hospitais, para encaminhar os próximos passos da Campanha Salarial. Caso a proposta não haja um acordo, a categoria se encaminhará para greve no dia 17.
Dinâmica da luta
A luta em frente ao Samaritano começou de madrugada e nas duas unidades de Campinas. Na unidade I estavam os diretores Geraldo Soares, Suzilei Bordini, Alexssandra Pires, José Augusto de Sousa e Carlos Rogério dos Reis.
Na unidade II, coordenavam a luta os diretores sindicais Antonio da Silva, Odair Pires de Oliveira, Adriana Botelho, Moacir Pizano, André Luis Costa, Paulo Gonçalves e Juliana Machado.